sexta-feira, 1 de abril de 2011

Genebaldo Freire


1. Formação:
Bacharel (BD)) , Mestre (M.Sc) e Doutor (PhD) em Ecologia, UnB, Brasília, DF
2. Ocupação atual: Professor, Pesquisador e Diretor do Programa de Mestrado e Doutorado em Planejamento e Gestão Ambiental da Universidade Católica de Brasília (UCB), onde também coordena o Projeto de Educação Ambiental.
3. Principais Livros Publicados:
- Populações marginais em ecossistemas urbanos (IBAMA, Brasília)
- Educação Ambiental – princípios e práticas (Gaia, SP)
- Atividades interdisciplinares de educação ambiental (Gaia, SP)
- Pegada Ecológica e sustentabilidade humana (Gaia, SP)
- Ecopercepção (Gaia, SP)
- Antropoceno – iniciação à temática ambiental (Gaia, SP)
- 40 contribuições pessoais para a sustentabilidade (Gaia, SP)
- Educação e Gestão ambiental (Gaia, SP)
Em processo de publicação:
- Fogo, sonhos e desafios (Prevfogo/Ibama, Brasília, DF);
- Queimadas e Incêndios Florestais – cenários e desafios: subsídios para a educação ambiental (Prevfogo/Ibama, Brasília, DF);
- Mudança ambiental global – cenários, desafios, governança e oportunidades (prelo);
- Relatório Homo Sapiens (prelo)
- Dinâmicas e experimentação para educação ambiental (prelo)
4. Principais cargos exercidos na área ambiental:
- Diretor da Área de Controle de Poluição da Secretaria Extraordinária do Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do DF , 1987/1988;
- Secretário Adjunto da Secretaria de Ecossistemas da SEMA/MINTER, novembro ,1988;
- Chefe da Divisão de Educação Ambiental do IBAMA, Brasília, 1989;
- Diretor do Parque Nacional de Brasília (Parque da Água Mineral), IBAMA , Brasília, 1992/95 e Coordenador do Núcleo de Educação Ambiental (1998 – 2006);
- Coordenador do Projeto de Educação Ambiental da UCB (1999- );
-Coordenador do Núcleo de Comunicação e Educação Ambiental do Prevfogo- Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais /Ibama, Brasília, DF (2007 - );
- Diretor do Programa de Mestrado e Doutorado em Planejamento e Gestão Ambiental da Universidade Católica de Brasília (2008 - ).
Entrevista com Genebaldo Freire :
- Professor Genebaldo, conte-nos como surgiu o seu interesse pela Educação Ambiental e desde quando você se dedica a esta prática? O que o levou a escolher este caminho?

Comecei a lecionar aos 17 anos (Física). A educação sempre me fascinou. Queria novos caminhos, propostas. Buscava sempre a prática.  Depois como professor de Química e Biologia, pude reunir esses conhecimentos, ampliando a percepção dos processos naturais.

Sempre tive curiosidade sobre as formas como a natureza se organizava, funcionava. Buscava sempre respostas para nossos comportamentos (como mamíferos e como ser eucultural).

Daí, nos anos 70 veio a poluição, baía de minamata, Estocolmo e toda aquela revolução.  Daí foi um pulo!

- Como você percebe a Educação Ambiental (EA) de uma forma geral? Você poderia definir a EA em poucas palavras?


Defino como umas forma de ampliar a percepção socioambiental e reduzir a pegada ecológica humana.

Percebo como um processo por meio do qual se tenta reduzir sofrimentos evitáveis, combater o analfabetismo ambiental e ampliar as chances evolutivas da espécie humana.

- Fale-nos um pouco sobre suas perspectivas em relação à Educação Ambiental: você percebe mudanças significativas nas pessoas, ao longo destes anos trabalhando com a EA?

Percebo sim. No Brasil essas questões ambientais estão presentes nas empresas, nos negócios, nos governos, nas comunidades.  Temos entretanto, resistências fantásticas dentro das escolas particulares e das universidades.  Nas escolas, molda-se o processo educativo em função de vestibular, de conteúdos. Uma falácia. A escola deve preparar a pessoa para a vida, para ser interdisiciplinar, interativo, cooperativo, emotivo. Deve atentar para os desafios evolucionários.   As universidades, em sua maior parte, são caquéticas, ultrapassadas, engessadas por grossas camadas de vaidades.  Preparam pessoas para um mundo que não existe mais. Avessas a mudanças, continuam seu caminho koyaanisqatysi (filme do Francis Ford Coppolas, 1998, em dvd, recomendo).

Porém, é bom acentuar que as pessoas ainda não mudaram o suficiente - em qualidade e quantidade - para produzir mudanças em prováveis rotas de colisão com a insustentabilidade. Continuamos na mira do meteoro. Ultrapassamos vários sinais de alerta e não temos sinalizações que as mudanças políticas necessárias estão sendo tomadas.
Essa é a grande luta.





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