Abstendo-nos de estudar as origens históricas do materialismo, podemos refletir sobre o que leva um Espírito imortal negar a própria realidade. Notemos que a idéia se alastra entre as pessoas dedicadas a desvendar a Verdade pelo método mais rigoroso e seguro, a Ciência. Entre as Ciências Naturais, particularmente aquelas cujo objeto de estudo é o corpo humano, a Anatomia e a Fisiologia, encontramos pesquisadores de renome ridicularizarem o Espiritualismo, ou seja, a concepção científico-filosófico-religiosa da existência da alma . Tal é a desarmonia entre as idéias inatas clamando pela imortalidade e a crença artificial do nada, que o materialista pode ser considerado como portador de um desvio mental, de causa inexata, como uma excrescência nascida de um pequeno cisto, mas agora espalhando metástases .
Citemos um exemplo. No século XX, com os avanços da neurofisiologia e da neurocirurgia, o sistema nervoso pôde ser mais intimamente investigado. Como o cérebro em si não possui nervos para dor e tato em sua superfície, experimentos com humanos foram feitos atuando-se diretamente no cérebro exposto de voluntários. Dessa forma, através de microeletrodos geradores de pequenas correntes elétricas em células nervosas, foram determinadas com precisão as área cerebrais que comandam cada músculo voluntário do corpo. Nesse caso, o indivíduo fica desacordado e o pesquisador cataloga qual músculo é ativado frente a um estímulo elétrico numa área do cérebro . Observemos as conclusões do materialismo: "a mente humana é, portanto, um conjunto de impulsos nervosos (elétricos) percorrendo o encéfalo".
Todavia, esse experimento nos faz lembrar as reflexões de Allan Kardec, no século XIX, quando toma como modelo as batidas de um sino numa antiga cidade : o sino é matéria e portanto não toca pela vontade própria, assim como um corpo sem o Espírito; mas quando às 18 horas ele soa, as pessoas da cidade entendem a mensagem e sabem que, na verdade, é uma inteligência externa a ele que o comanda; porém, quando o sino soa aleatoriamente, todos entenderão que não há mensagem alguma, e possivelmente o vento o balançou. A análise neurofisiológica citada indica evidentemente que o cérebro comando o corpo, no entanto sozinho não é nada, pois quando a inteligência encarnada não agia (por efeito do anestésico) foi necessário uma outra inteligência externa, o pesquisador, para ativá-lo.
fonte:http://www.espirito.com.br/portal/artigos/diversos/ciencia/materialismo-e-ciencia.html
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